sexta-feira, 27 de setembro de 2013
VIAGEM
Eu trabalhava à noite,
e saía tardão,
já bem de madrugada.
Então só dava eu
e o meu rádio de pilha,
o caminhão do leite e o entregador de pão.
Eu achava normal
viver daquele jeito, o dia pela noite,
e a noite pelo dia.
O caminho, escuro, escuro,
via porém sinais
de que o mundo existia.
Uma casinha aqui,
outra casinha ali,
uma janela acesa, a luz amarelinha.
E eu criava estórias
prá espantar o tédio:
a amada espera o amante.
O filho que não dorme,
o medo de bandido,
e eu ia chegando, e eu ia chegando...
foto: Goeldi, web
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2 comentários:
Sou fã dessa poeta, simples, na veia!
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