Eu daria o mundo e o fundo
em resumo,
ia dar tudo,
para ter de novo o engano.
Engano bobo,
tolo,
ingênuo,
de que aquilo que havia
(ou nem havia)
ia ser eternamente.
Agora,
quando eu olho cara a cara,
e analiso,
e concateno e coaduno,
já nem creio que era tanto.
Um picolé de groselha,
um trevo murcho,
um anel de faz-de-conta
era o bastante,
e era tudo.
3 comentários:
Pois não é que uma brisa num dia de calor é tudo de bom, Dalvita?
Mais uma jóia para o seu relicário, Dalva! Daria tudo pela inocência perdida do olhar da poeta
Lembrei da música "João e Maria" do Chico.
Amei!
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