sábado, 22 de agosto de 2009





eu me alimento de sorrisos
que devoro de peito aberto
sem medo do estalar do ossos no abraço denso
da felicidade graciosa e plácida

faço nascer estrelas nas testas
que giram mais rápido que o pensamento
e fazem os pés se elevarem num vôo rasante
sobre a vida que ainda não conheci

semeio perguntas e
me escondo atrás do arvoredo mas volto
timidamente, quase indecisa
para ver o que vem vindo

com um vaso de barro verto
as lágrimas que emprestei de outros rostos
elas vão beijando o chão, devagar
acordando a vida silenciosa
que se move abaixo da grama

disparo palavras
e as observo no trajeto
até os ouvidos de seda que as vão guardar

eu me ajoelho
e viro um castelo
onde ninguém mora mas todo mundo vive

e o Universo conspira a meu favor

diuturnamente

Um comentário:

filipe com i disse...

ah, eu me ajoelho e viro um castelo desta poesia onde todo mundo vive e ninguém mora! Bravo!