em descrever
assim é a imersão no instante-distância que
sempre esteve ali
como se nos tirassem um capuz
da cabeça
que amplitude infinita que alívio
ver o que não foi visto antes como
se a calota da cabeça explodisse e
um bando de pássaros revoasse para fora do
ninho escuro
de repente não há mais causa nem efeito
e tudo apenas se reflete no espelho
nada
pode amarrar ou desamarrar não há fogo
nem fogueira
as coisas como elas são transparentes
bruxuleios ilusórios do
desejo que não mais te fustiga/escraviza
você
apenas está no irremediável fluxo até
mesmo as metáforas que te dei estão
fundidas num
todo sem margens abrangendo o
estado de compaixão a sabedoria as bênçãos a claridade a
ausência
do pensamento este é o despertar do sonho que sonhava
a si próprio
um profundo senso de humor brota de dentro e você
sorri
divertido com a inutilidade do que até então te
preenchia e
só agora te dás conta que inexiste algo além
a procurar nada mais a ser
esperado
2 comentários:
Nascer...Renascer.
Sábio!
Muito gostoso de ler. Foi assim que senti.
tks, atenta fiel leitora maria!
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