RÉQUIEM
Houve a dor, parada, cheia
Latejando longo tempo
E súbito esvaziou-se
Os gatos, aranhas e cobras
Silenciaram, imóveis
As velas se afogaram em leite
Sem nada para iluminar
Tua música, teus instrumentos,
jogados a um canto, perplexos
Enquanto carregavam teu esquife
Teus irmãos, guerreiros de bronze
Honrados e mudos gigantes
Com adereços de glória
Caíste em pleno vôo
Gozo pleno de tuas asas
Que no entanto, potente,
Mal experimentaras
Mudam tuas paisagens
Teu percurso, teus limites
Tua história segue o curso
Arrancado deste mapa
7 comentários:
Falar que é bom é difícil, é doído, é triste e sofrido.
Deixo um abraço.
A Arte transforma. Brigado, Angela!
"Mudam tuas paisagens
Teu percurso, teus limites
Tua história segue o curso
Arrancado deste mapa"
O fim de uma viagem e o início de outra... eterna?
Um beijo
Caro Mauverde,
Gostei!
abs
Obrigado pelo olhar atento, queridos!
caramba, sempre vale a pena esperar o retorno do guerreiro! muito forte.
Postar um comentário