segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

RÉQUIEM




RÉQUIEM

Houve a dor, parada, cheia
Latejando longo tempo
E súbito esvaziou-se
Os gatos, aranhas e cobras
Silenciaram, imóveis

As velas se afogaram em leite
Sem nada para iluminar
Tua música, teus instrumentos,
jogados a um canto, perplexos

Enquanto carregavam teu esquife
Teus irmãos, guerreiros de bronze
Honrados e mudos gigantes
Com adereços de glória

Caíste em pleno vôo
Gozo pleno de tuas asas
Que no entanto, potente,
Mal experimentaras

Mudam tuas paisagens
Teu percurso, teus limites
Tua história segue o curso
Arrancado deste mapa

7 comentários:

angela disse...

Falar que é bom é difícil, é doído, é triste e sofrido.
Deixo um abraço.

Dr. Mauricio Verderame disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mauverde disse...

A Arte transforma. Brigado, Angela!

Lídia Borges disse...

"Mudam tuas paisagens
Teu percurso, teus limites
Tua história segue o curso
Arrancado deste mapa"

O fim de uma viagem e o início de outra... eterna?

Um beijo

José Doutel Coroado disse...

Caro Mauverde,
Gostei!
abs

mauverde disse...

Obrigado pelo olhar atento, queridos!

filipe com i disse...

caramba, sempre vale a pena esperar o retorno do guerreiro! muito forte.