domingo, 1 de dezembro de 2013

o espia


nas gavetas vazias
no fosso de despejo
Nas baratas do pensamento
no tesão embutido

pelas frestas, a luz inventada
vem o sono dos sonhos
vigiar vultos desvãos 
as coisas se furtam

nunca sandálias janelas
abertas
como o branco dos olhos
como o nada atrás

da porta

Um comentário:

Dalva M. Ferreira disse...

Que bonito, filipe com i! Me levou a música de Serrat, "Aquellas pequeñas cosas", quando ele diz que as coisas o espreitam atrás da porta, e o fazem chorar quando ninguém vê...