Espera a hora propícia.
Solidão dolorosa,
solidão verdadeira,
corpo e mente de mãos dadas, mas puxando em sentidos opostos.
Mas não aqui por inteiro, porque pensa.
E porque espera: o ser "está" aqui, mas "é" lá.
Espera a hora, o minuto, o segundo.
No trono podre,
assumido em falta de coisa melhor.
Espera a alegria vingar.
É o bunker,
é a cripta,
é torre falsa de marfim sintético.
Ô mentiraiada danada...
Ô solidão dos infernos!
Ô inferno ele-mesmo!
Aqui ,
só esperando uma coisa.
Aquela uma
que impeça a dor de doer.
foto: old lock and key (web)
2 comentários:
traulitada pura! Dalva quando comparece, chega chegando: "o ser está aqui, mas é lá" mata a pau!
Cara Dalva,
Gostei! Muito!!!...
Abraço
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