segunda-feira, 5 de abril de 2010
encantadora beleza orgânica de matéria viva e corruptível
o amor não é nada
se não for
loucura
uma coisa assim
insensata
proibida uma aventura nos caminhos
do mal
de outra maneira vira piquenique
agradável
rima pobre de canções
amenas
salamargo de vidas
bestas
para me apresentar a você
tive de esquecer
que já lhe conhecia há muitas eras
antes
ainda dos seus olhos
eslavos
lembro que foi na escola
pedi emprestado
um lápis
(já te amava esferograficamente)
daí
estas marcas no meu corpo
não existe nada mais
despudorado
sem qualquer vergonha do absurdo
e do extremo
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7 comentários:
Tem versos definitivos, e lá vão dois: agradável rima pobre de canções amenas (e) salamargo de vidas bestas.
Filipe, no nordeste tinha um purgante (remédio a nos provocar diarreia) chamado salamargo...
que o Lobo não nos ouça...
complexo... muito denso... abre muitas narrativas...
como diz o título "beleza orgânica de matéria viva..."
abs
Ninguém escreve como acaba um amor.
Lindo poema, cada verso daria outro poema.
Já pensei alguns, mas são pequenos demais.
Esse cara é tudo!
boa Edmar, lembrou do sal amargo (sulfato de magnésio), um daqueles cagativos de antigamente. tks amigos, vcs são inspiração.
É um poema despido, sem pudor, sentado à porta da vida no degrau das inocências.
Gostei muito!
Holy cow...wish I was loved by you!!!
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