quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

o desequilibrista



estou ficando cada vez mais

nu

muito mais do que seria

conveniente

retirando, um a um, os véus da minha

história

desvendo a intimidade dos meus

fantasmas

que é o mesmo que pôr a vida sexual na

vitrine

como o encontro de completos

desconhecidos

como a memória da não-linguagem que

inventamos

para deixar de ser apenas

corpo

para poder falar com o

desconhecido

8 comentários:

Climacus disse...

em tudo lembrou-me as gotas de acaso de Lucrécio, como se fosse necessário suspender-se ao céu para de-clinar, perder o apoio (apo-klino).

filipe com i disse...

humm... vc postaria aqui nos comentários as gotas de Lucrécio? a suspensão pode nos desquilibrar e também surpreender (sûr-prendre).

Dalva M. Ferreira disse...

Não se acanhe, se assanhe! Porque nus viemos, nus iremos.

angela disse...

é assim que nos reiventamos? como uma obra de arte, que de alguma forma sempre se atualiza?
tão indefesos e tão grandiosos somos nus

Flávia Regina disse...

Nossa, me lembrar disso, de uma forma tão nua e crua, me deixa constrangida! rsrs...

filipe com i disse...

nus e crus estamos diante da escrita, sejam poesias & casos ligeiros, seja se atrevendo a escrever, ficamos indefesos e grandiosos

Flávia Regina disse...

tão crus e tão atrevidos; tão indefesos e tão grandiosos... é verdade!...

mauverde disse...

ia responder aqui, mas acabei fazendo outro post, rsrsrs