terça-feira, 24 de novembro de 2009
emma thomas
até que seria fácil ser um grande canalha
mas sempre seria preciso
ser grande
ser irmão e irmã adotar gatos fazer versos
isso sim
são coisas grandes demais
querida Sissi desista
de saber si
ou de querer esclarecer
como é e como foi pra mamãe
(Mystérios Gozozos)
funke-se quem puder
baby
deixe-a perder a mente
e virar bicho e voltar a ter cheiros fortes
e novos
e só lembrar do mais simples dos antigos
jogos
porque se é bicho também tem aquela máquina
de lembrar e esquecer fantasmas
afinal foi você mesma que disse
que nunca vou poder parar
de fugir
e me explicou que a fuga é uma arte
de parir umbigos
voa quem puxar por eles e sair do chão
uma vez que quem sonha que voa
está com medo (dos vivos)
e que é por isso que me perco e acerco do centro
em deslocamento
como é certo que todo aquele que aceita dormir
no teu sexo-restaurante
deve ser íntima
vítima da própria verdade
e mesmo que não fosse assim me diga
¿como poderia saber que jamais
em ti
ia encontrar paz
e seguiria assim
andariego
?
sou sempre precário sempre esboço
somente um moço
de recados
esforçado
boçal
e
só
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3 comentários:
É curioso como você insiste em se mostrar inacabado, um rascunho mal feito, rsrs... não o vejo assim.
Me parece que você está sempre parindo a si mesmo, com essa conotação mesmo, com esforço e dor.
Parirás sempre com dor, Eva?
Beijos!
sempre quero me ver por inteiro, sempre a me sonhar completo, mas aí vem o chão da realidade a ralar minha carne presunçosa. tks, bro
Não se queira definitivo, pode flutar e ralar e flutuar de novo afinal tem umbigos para não se perder.
Lindo o poema
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