[Tristeza, tristeza do sonoceano, por mais que a ignoremos]
não consigo fazer haikais
nem poesia digital
castelo de alusões/floresta de espelhos
e mais:
nunca me envolveria com peixes
que viram plantas
jamais
abriria a boca
p’ra que fugisse o absoluto
(em gotas ornamentais)
[o mundo desaparece. ascensão da razão]
mas nem tudo é mofino:
escrevo sem foco me amparo
ora sílvio ora joão
som-literatura
adotei a não-técnica
como indisciplina
confesso discretos vícios
entre fissura
e confusão
[todos têm seu medo especial, misturado a técnicas anti-paixão]
fui condenado ao estelionato estético
a mão-leve do diletante autônomo
e descuidista
tenho vergonha alheia do meu ridículo
de entranhar o esquisito
no estranho
hesito
vou de singular a leviano anônimo
não consigo fazer haikais
nem poesia digital
castelo de alusões/floresta de espelhos
e mais:
nunca me envolveria com peixes
que viram plantas
jamais
abriria a boca
p’ra que fugisse o absoluto
(em gotas ornamentais)
[o mundo desaparece. ascensão da razão]
mas nem tudo é mofino:
escrevo sem foco me amparo
ora sílvio ora joão
som-literatura
adotei a não-técnica
como indisciplina
confesso discretos vícios
entre fissura
e confusão
[todos têm seu medo especial, misturado a técnicas anti-paixão]
fui condenado ao estelionato estético
a mão-leve do diletante autônomo
e descuidista
tenho vergonha alheia do meu ridículo
de entranhar o esquisito
no estranho
hesito
vou de singular a leviano anônimo
Um comentário:
Adorei. Muito. Achei triste, muito lúcido demais.
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