terça-feira, 29 de junho de 2010

EU NÃO EXISTO LONGE DE VOCÊ

QUE PERDA DE TEMPO
BUSQUEI
O MAIS AUTÊNTICO PROFUNDO MEU
EU
A RESPOSTA ERA UM OUTRO
TU

QUE PERDA DE TEMPO
ACREDITEI
NUM COLETIVO FUTURO
INEXISTENTE
O COLETIVO PASSOU LOTADO
RUMO
A QUANDO E LUGAR NENHUM

DE QUEM A CULPA?
NÃO
SERIA DA PRÓPRIA LINGUAGEM
GENÉRICA
E ESSENCIALISTA POR NATUREZA?

QUE PERDA DE TEMPO
ASSIM
QUE FALO ENTRO NO DOMÍNIO
DA ABSTRAÇÃO
DO CONCEITO DO UNIVERSAL E NÃO MAIS
DAS COISAS

QUE PERDA DE TEMPO
O SUJEITO
É UMA PURA DIFERENÇA
INOMINÁVEL
NA FALA O INDIVÍDUO ESTÁ E NÃO ESTÁ COMO
FANTASMA

MAS NÃO TEM REVOLTA
NÃO
ENQUANTO ESCREVIA SEM SABER
A ESCRITA
ELA SIM SABIA

6 comentários:

angela disse...

Que bom que algo sabia...
muitas vezes nem a escrita me salva.

filipe com i disse...

só o Um salva, e vc sabe a que(m) me refiro... tks, compa

Dalva M. Ferreira disse...

Grandioso, sem ser chato. Digo, escrito para as minorias (em terra de cego, quem tem um olho é expulso!)

Triste também, constatar que tudo é o contrário de nós mesmos. E ir!

mauverde disse...

Uma ponta (ponte?) de esperança, lá no cantinho... bonito, muito mesmo, compadre.

angela disse...

Não sei se sei que(m) é o Um. Fiquei na dúvida entre Deus, Lula ou Maradona.

filipe com i disse...

angela, só o Um é Um, falo, evidentemente de Loco Abreu, a última flor do lácio da picardia latina-louca-américa. dalva, vc poeta até no comentário -- o contrário de nós mesmos?, vc anda por turvas profundezas...