sim, sim, mas o eu que volta no dizer (lógos), nunca é o mesmo, quando muito, ele é análogos, síntese maldita que o companheiro Hegel sondava, é sempre doloroso o "nascimento morte" (thánaton ten génesin) {Heráclito, 21}.
cada vez que reorganizamos nossas memórias criamos um novo eu, vamos devaneando as vezes tão intensamente...que inventamos estorias, memórias e eus; quando as escrevemos, viramos escritores. Quando não, tomamos Haldol. Aos que precisam menos das palavras resta reiventar a própria história. Todos sabemos que a primeira mentira é o real...
A Criança que Pensa em Fadas
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas Age como um deus doente, mas como um deus. Porque embora afirme que existe o que não existe Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, Sabe que existir existe e não se explica, Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, Sabe que ser é estar em algum ponto Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
(Alberto Caeiro) Como me falta o talento tanto pra poesia como para o humor, que sempre acho que são as duas formas de escritas que falam direto com a alma. Não resisto e cito o Fernando Pessoa, já que o Anônimo já nos brindou com seu humor.
implementation sem muita pensation, pois é, acho que é aí que a porca torce o rabo: existir não se explica, mas quem explica ganha o direito de mandar (mesmo Que a explicação seja falsa)!
13 comentários:
então você dispensa?
esse é o verso-valise: dizpensar, dizerpensar, impensar ou essa forma defectiva do 'dispensar'...
sim, sim, mas o eu que volta no dizer (lógos), nunca é o mesmo, quando muito, ele é análogos, síntese maldita que o companheiro Hegel sondava, é sempre doloroso o "nascimento morte" (thánaton ten génesin) {Heráclito, 21}.
caramba, isso não tem fim! então vamos nascendo-morrendo, ou pior, analisando-sintetizando, a cada vez que falamos?
Bem, acho melhor não dizer tudo que se pensa...pois muito dispensation e pensation sem implementation acaba virando alucination.
cada vez que reorganizamos nossas memórias criamos um novo eu, vamos devaneando as vezes tão intensamente...que inventamos estorias, memórias e eus; quando as escrevemos, viramos escritores. Quando não, tomamos Haldol. Aos que precisam menos das palavras resta reiventar a própria história. Todos sabemos que a primeira mentira é o real...
A Criança que Pensa em Fadas
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
(Alberto Caeiro)
Como me falta o talento tanto pra poesia como para o humor, que sempre acho que são as duas formas de escritas que falam direto com a alma. Não resisto e cito o Fernando Pessoa, já que o Anônimo já nos brindou com seu humor.
ah! é o melhor resultado poema-imagem que já vi, muito bom.
hahaha... Angela vc é muito talentosa, sinceramente o que te falta "who knows" seja o que me sobra e vice versa.
Yours kindly
A.E.Neuman-about u
Bentinho, vc é genial mesmo como escada...never quit your day job!!!
uau anônimo,
então vc não alucina?
é o único cujo olho não é enganado no cinema...
"é chique, elegante, fala até inglês"
...e tem humor tb. A alma deve ser ampla.
implementation sem muita pensation, pois é, acho que é aí que a porca torce o rabo: existir não se explica, mas quem explica ganha o direito de mandar (mesmo Que a explicação seja falsa)!
é mesmo, já estou pensando nisso.
Postar um comentário