À maneira de Lorca diria:
soy perro lunar, ando com a luz
coberto de jornais eu dormia
a rilhar dentes espantos pregos pus
dedico-me à miséria pisoteada,
luxo, solidão, finanças, fúria,
amo tudo que é barato ou lírico,
mas faço maus negócios no escuro,
na cantoria de estrelas tísicas
a vênus das peles procuro,
sou transurbano, multivíduo,
fábricas de signos consumo,
alienação: temporânea cultura,
no corpo, o morto e o vivo misturo
8 comentários:
Como um Álvaro de Campos antropofágico, um trator que se transubstancia. Only rock'n'roll, but I like it!
álvaro de campos! poxa, bro, minha singularíssima pessoa não se aguenta (essa fez bem para o ego). Tks,
pô! essa é uma tese metafísica, misturar o morto com o vivo, e o que dá?
AB, correndo o risco de me ater apenas a uma dimensão: caímos na reificação fetichista da forma-mercadoria, em que coisas são pessoalizadas e pessoas são coisificadas...
na batalha insistente pela vida a romper barreiras quase intransponíveis e conquistar um ninho para pode viver/morrer com carinho.
Tudo que está vivo está morrendo também. A morte e a vida não se separam, nunca.
queria ser viva, ou morta, o suficiente pra compreender.
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