sábado, 14 de novembro de 2009

você tem razão


eu olho
que tu vejas
onde ele
déja viu

iconoclássica bobagem de quem não tem
cem paus
bilhete único, vale-transporte ou a grana
do busão

o microvestido causa tremendo
rebuliço
agora escrevo o amanhã que já não sei
se há
se houve, se haveria e se será
à vera

ao ir-me indo vou
pasmo
porque o tesão não acha mais a carne, a rima
& a solução

tomo o elevador visionário (do shopping)
parei
de parar, de balançar cem mil vezes o barco
bêbado
da paixão em bicas jorrando ao céu
seus rufos

de que adianta construir pontes entre
os mistérios
e seguir caminhamando
sem sustos?

2 comentários:

angela disse...

Também não sei.

Dalva M. Ferreira disse...

Nos primeiros acordes dissonantes eu já saquei a autoria. Incrível.