Foto do espetáculo “Nó” de Deborah Colker“
Ouk ésti aploûn oude tó páskhein, allá to mén phthorá tis hypó tou enantíon, to dé sotéría mâllon hypó tou entelekheía óntos tou dynámei óntos kai omoíon” (Aristóteles,
De anima, 417b).
“Certamente, sofrer/ padecer (πάσχειν) não é simples, por um lado, está sob o efeito da destruição/ sedução (φθορά) determinada pela adversidade, por outro, supõe a conservação/ liberação (σωτηρία) do ser em potência pelo ser em ato que se lhe assemelha”.
14 comentários:
Então? Amar é...
sofrer?
Muito!
"sustém a liberação do ser em potência pelo ser em ato que se lhe assemelha".
na minha opinião o amor (que liga), é uma das premissas da liberdade; a outra é o vazio (que faz furo).
outra tradução e comentário deste trecho de Aristóteles, sugiro "A potência do pensamento", de Giogio Agamben na net.
Ih! o cara é blogueiro, o nome certo é Giorgio Agamben, o tal texto, também heideggeriano está em: brigadasinternacionais.blogspot.com/2007/06/potncia-do-pensamento-texto-de-giorgio.ht
Então, sendo simplista (simplório?), quanto mais sofrimento, mais amor?
Seria então o "amor" a mesma coisa que uma esperança/não realização sem fim?
Lendo o texto, gosto de pensar que de certa maneira reconhecemos no outro nossa "potência de ser" libertos/preservados em outra pessoa, e o contrário seria a sedução/destruição. Não como opostos, mas como uma dinâmica, onde há equilíbrio ou não. Nessa dinâmica, não há certo e errado, mas há bom e ruim.
Ao me deparar com essa situação, correr é (muito) perigoso, caminhar devagar é melhor.
Concordo contigo, maurício, sobre o amor ser uma premissa à liberdade. O amor é preenchedor, é talvez a única substância que nos preencha verdadeiramente. O resto é tempero e alguma coisa de ilusão.
para a gregaiada, verdade é negativo (alethéia) - não esquecimento, já pseudônimo é positivo, que deveria ser o nome falso, é positivo, é o outro nome, o criado especificamente para algo, criado por você e não desgastado com o tempo. Ass. Andre Gide.
Os amores possíveis são para os medíocres. Os que sabem têm amores impossíveis. Provérbio espanhol.
O tema ainda é o Amor???
eu não amaria alguém sem a possibilidade de um pseudo-nome.
o pseudo-nome éalgo que muito me agrada, há tempos adquiri essa disciplina: a cada trabalho novo, um nome novo; a cada novo amor...
"os que sabem tem amores impossíveis..."
taí, gostei disso!
=]
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