1994. Cinco anos depois da queda do Muro, a Rússia ensaia os primeiros passos no capitalismo. Dois mujiques, Fiodorenko e Pavlovich, deixaram de ser pequenos produtores rurais e tornaram-se proprietários, também pequenos.
Fiodorenko e Pavlovich eram vizinhos na aldeia de Tula, vizinha de Tobolsk, e nada possuíam, exceto uma vaca, o primeiro, e um boi, o segundo. Resolveram cruzar a vaca com boi e aumentar o rebanho.
Nascido o bezerro, a dificuldade: a quem pertence? Cheios de canjibrinas, tinguás e caipiroscas no cachaço, os dois mujiques vão às vias de fato, muito embora de fato não consigam muito estragar um ao outro devido ao pileque.
Levados à delegacia, falam ao mesmo tempo, um a argumentar que o bezerro pertence á vaca, o outro a resmonear que o boi é que tinha fidalguia e pedigree. Pavlovich tenta então uma explicação canhestra:
― Imagine o senhor delegado que eu sou o boi, e o senhor, a vaca. Lhe cubro como os bois fazem com as vacas, e nasce um bezerro. De quem é o bezerro?
Irritado com a vexatória comparação, o delegado responde furioso:
― É da puta que te pariu!
Diante da resposta, Pavlovich vira-se com ar superior para Fiodorenko:
― Conheceu papudo?, se é da minha mãe, é como se fosse meu!
4 comentários:
Um raciocínio perfeito!!! E como no bom capitalismo, alguém sempre sai lesado... rsrs
Caro Missosso,
genial adaptação de uma piada que circula na net para promover a análise dos vários sistemas de organização política...
Só que vc se excedeu e conseguiu tornar algo meio insípido em uma bela "estória"...
felicitações e grato fico pelas gargalhadas que me fez soltar...
abs
Ele sempre se excede, sempre! Bendito seja. Amei a escolha das palavras, como sempre ele as garimpa na ganga impura. Safado.
E o rebanho continuou pequeno...
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