sexta-feira, 15 de outubro de 2010

preciso aprender a desistir (dos meus vícios)

devo confessar que já cometi
poemas

só que poesia é
fogo

poesia escapa sempre
escapa

fumaça de incêndio
(que não há)

na verdadeira poesia não há verdade
só poesia

a verdade é que na vida estamos sós
e a poesia

na vida a poesia é tudo
ou nada

e no entanto a vida pede uma poesia
que falta

mas à poesia não falta
nada

6 comentários:

orvalho do ceu disse...

"A vida pede uma poesia que falta"...
Ângela querida
Passo para agradecer a sua visita ao meu Blog e ofertar-lhe um selinho feito exclusivamente para meus seguidores pelas 30.000 visitas e dizer-lhe meu muito obrigada pelo carinho e amizade,a miga.
Nosso trabalho honesto como blogueiro(a) engrandece o nome de Criador.
Tenha excelente fim de semana!!!
Bjs

José Doutel Coroado disse...

Caro Missosso,
boa descrição do que pode ser a poesia. gostei.
abs

Lucimara Souza disse...

Adorei a metalinguagem de seu texto.
Bjs
Lu
www.textos-e-reflexoes.blogspot.com

Dalva M. Ferreira disse...

Divino! Esse aí é um daqueles que vão ficar famosos, quando a gente já for lápide. Santo de casa não faz milagre... ou faz?

angela disse...

e de súbito vem assim
palavra viva
par da solidão
emprestada ao poeta
em versos marca o papel
escapa como fumaça.
a ela não falta nada.

Gostei demais!

filipe com i disse...

tks, caras e caros, gos tei da palavra como par da solidão do poeta!