domingo, 5 de outubro de 2008

a forma mais perfeita de eleger



No antigo Gabão, país da costa ocidental da África, assim eram escolhidos os reis no século XIX, a darmos crédito ao viajante Du Chaillu:


1. Rei morto, gritos e lamúrias por 6 dias em todo o reino.


2. No segundo dia, o rei é sepultado em segredo pelos anciãos da tribo.


3. Durante o luto, os anciãos escolhem o novo rei, também secretamente.


4. No sétimo dia a escolha é comunicada a todos, menos ao escolhido.


5. O povão precipita-se sobre o futuro rei de surpresa e cobre-o de porrada, excrementos e palavrões dizendo-lhe: AINDA NÃO ÉS NOSSO REI, PODEMOS AINDA FAZER DE TI O QUE QUISERMOS; DEPOIS TEREMOS DE TE OBEDECER.


6. O novo rei precisa sobreviver à tunda e, além do mais, a tudo suportar sem dar pio e com um sorriso de resignação no rosto.


7. Os anciãos fazem a investidura do novo régulo dizendo: AGORA ÉS O NOSSO REI, PROMETEMOS QUE TE OUVIREMOS E OBEDECEREMOS.


8. O populacho repete as palavras, o rei é cingido por uma túnica púrpura e coroado com uma cartola, passando a reger com o mesmo nome do rei anterior.


9. Começa então uma indescritível comilança e bestial bebedeira que dura 6 dias, durante os quais a casa real é invadida por todos os súditos que comem e bebem à custa do soberano, que a todos deve receber com cortesia e gentileza.

6 comentários:

Jamila Maia disse...

A Cientologia deve ter bebido na fonte desses sábios...

Siddartha disse...

Interessante!
Quem sabe não adotam tal método aqui na " África que deu certo"!

mauverde disse...

O que adiemus quis dizer com "deu certo"??

filipe com i disse...

se me permitem, somos a África que 'deu certo', tal como a Cientologia é a psicanálise dos que 'dão certo'...

Mel disse...

Tão melhor que essa democracia brasileira.

Anônimo disse...

Show!

Assim, voto até com gosto!

Ih! Me parece que aqui na "África que deu certo" inverteram a nona parte... deve ser porque aqui o Leão tem mais fome.