quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Existe de não


“Der Tod, wenn wir jene Unwirklichkeit so nennen wollen, ist das Furchtbarste, und das Todte festzuhalten, das, was die gröszte Kraft erfordert. Die kraftlose Schönheit haszt den Verstand, weil er ihr diesz zumuthet, was sie nicht vermag. Aber nicht das Leben, das sich vor dem Tode scheut und von der Verwüstung rein bewahrt, sondern das ihn erträgt und in ihm sich erhält, ist das Leben des Geistes.”

“A morte, se assim quisermos chamar o que existe de não, é o mais assustador. Aparar o morto requer uma força enorme. A polidez enfraquecida sente-se incapaz e odeia o que a espontaneidade lhe cobra. Mas a vida que se atemoriza ante a morte e se mantém pura da desolação, não é a vida do espírito, pois esta ampara a morte e nela (desse não) se abasta.” {Hegel, Fenomenologia do espírito, § 32}.

2 comentários:

filipe com i disse...

"existe de não...", caraca companheiro Hegel vc manda muito! só consigo repetir tamnhas e tremendas verdades: um morto dá muito trabalho. valeu filósofo(S)!

Mel disse...

"Parece-me que foi ontem que te perdi. E o que não se torna ontem quando evocamos as lembranças? Ontem eu era uma criança que freqüentava a escola do filósofo Sotion, ontem comecei a advogar nas cortes, ontem perdi o gosto de advogar, ontem já não o podia mais. O tempo passa com uma infinita velocidade, e só percebemos bem se olhamos para trás; o passado escapa aos que se absorvem no presente, tal o modo pelo qual essa fuga ocorre sutilmente. Perguntas a razão disso? É que o tempo passado mistura-se no mesmo lugar, onde é visto inteiro e de uma vez. Tudo caí no fundo do mesmo abismo." (Carta XLIX)