quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DIGO NÃO














Já eu me dano:
eu digo não ao medo
(eu ergo o dedo)
à sanha do gambé

Um não à plasta amorfa,
à folha amarfanhada,
à grana do cartel,
à grana do bordel

Não,
não à morte matada
(o cento e vinte e um)
ao roubo,
o estelionato,
e às manhas do pedófilo

à miséria,
(a fome)
essa uma, a messalina,
que nos pariu a todos, ao soldado e a mim.

3 comentários:

José Doutel Coroado disse...

tb eu digo não...
certamente não da forma inspirada que aqui foi conseguida.
saludos

angela disse...

Palavras justinhas ao significado, não deixam duvídas.
beijo

filipe com i disse...

também José Régio dizia não, Dalva estás em boa companhia; tb me sinto (e somos todos) filhoa da fome