no meio da enxurrada de lama
cruzamentos alagados
as proliferações do entulho semáforos apagados
a cidade é a falha coletiva
um fracasso lamentável das autoridades diz o locutor
por toda parte miseráveis os cães sem dono
o lixo
as sacoleiras gordas o surro e a poeira acumulados
bocas de lobo transbordando detritos
os ratos rios de esgoto
carregando garrafas pet
carros
buzinas muitos carros
aguardam o que está na outra margem
ninguém ouve o grito do barulho da chuva
trânsito encruzilhadas paradas a cidade entregue
a si mesma
postes de iluminação inteligentes caos
o pastor Ebenezer faz suas as palavras de São Tomé
toda mulher que se fizer homem entrará no reino celeste
um sofá na correnteza do córrego
passa as ruas se chamam ministro capitão doutor engenheiro coronel desembargador
e todos estão mortos
paisagens que atravessam chumbo
uma quadrilha de bancos paga as reservas para as férias dos magistrados
em um resort ensolarado
as sementes se enterram para outra estação
mapas invertidos cones em lugares inesperados
o amante se lembra como teriam sido felizes se
tudo chove
rádios cobrem a tragédia dos desabrigados ao vivo
helicópteros transportam presos de alta periculosidade
alguns arriscam uma travessia na enchente buscando
filhos compromissos inadiáveis gatos sem ração entrevista de emprego
estátuas eqüestres fingem o silêncio da pedra
a multidão em suspenso espera uma trégua do dilúvio
a novela e os telejornais começam na hora de sempre
nuvens resfolegam sua carne líquida desaba sobre a zona norte
os senhores do silêncio em silêncio
um garoto de programa dorme enquanto cirurgias são desmarcadas
lotações várias kombis dezenas de vans e peruas fuscas foram roubados
a mulher se abriga na marquise sabe que traz no sangue o filho do homem
um entregador de pizzas ensina ao colega que ninguém encontra a felicidade
no mundo material
Michelly decide que vai usar chapinha no cabelo com a franja cobrindo um dos olhos
cruzamentos alagados
as proliferações do entulho semáforos apagados
a cidade é a falha coletiva
um fracasso lamentável das autoridades diz o locutor
por toda parte miseráveis os cães sem dono
o lixo
as sacoleiras gordas o surro e a poeira acumulados
bocas de lobo transbordando detritos
os ratos rios de esgoto
carregando garrafas pet
carros
buzinas muitos carros
aguardam o que está na outra margem
ninguém ouve o grito do barulho da chuva
trânsito encruzilhadas paradas a cidade entregue
a si mesma
postes de iluminação inteligentes caos
o pastor Ebenezer faz suas as palavras de São Tomé
toda mulher que se fizer homem entrará no reino celeste
um sofá na correnteza do córrego
passa as ruas se chamam ministro capitão doutor engenheiro coronel desembargador
e todos estão mortos
paisagens que atravessam chumbo
uma quadrilha de bancos paga as reservas para as férias dos magistrados
em um resort ensolarado
as sementes se enterram para outra estação
mapas invertidos cones em lugares inesperados
o amante se lembra como teriam sido felizes se
tudo chove
rádios cobrem a tragédia dos desabrigados ao vivo
helicópteros transportam presos de alta periculosidade
alguns arriscam uma travessia na enchente buscando
filhos compromissos inadiáveis gatos sem ração entrevista de emprego
estátuas eqüestres fingem o silêncio da pedra
a multidão em suspenso espera uma trégua do dilúvio
a novela e os telejornais começam na hora de sempre
nuvens resfolegam sua carne líquida desaba sobre a zona norte
os senhores do silêncio em silêncio
um garoto de programa dorme enquanto cirurgias são desmarcadas
lotações várias kombis dezenas de vans e peruas fuscas foram roubados
a mulher se abriga na marquise sabe que traz no sangue o filho do homem
um entregador de pizzas ensina ao colega que ninguém encontra a felicidade
no mundo material
Michelly decide que vai usar chapinha no cabelo com a franja cobrindo um dos olhos
realçando ambos com sombra escura
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