sábado, 2 de janeiro de 2010

o que da ausência você vai contar a si?



não tenho apelido para você

só porque um dia me vi

a teus pés

e a mim quis ver

como me vias

nos entressonhos

das potenciais possibilidades

de real realeza



algumas coisas

geralmente as melhores

devem ser mastigadas muito lentamente

para ser devidamente

apreciadas

porque sem a eternidade

que em nós

cria eus

nem o desespero poderia

desesperar



girassol

flor

de flores

7 comentários:

Daniel Costa disse...

Eis como um poema simples pode ser profundo e bonito!

Daniel

Climacus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Climacus disse...

"não é possível dissociar o maior benefício da maior privação"; "é preciso um nome para sentir falta"

Dalva M. Ferreira disse...

Uau! Esse é daqueles que uma grande cyberamiga minha definiria como"uma tamancada na gengiva". Amei!

angela disse...

Bonito demais.

filipe com i disse...

tks amigos, o que vcs vêem é mais bonito do que aquilo que escrevo.

christiana disse...

muito bonitos seus poemas. eu tento fazer uns também :)